MarsMoon Playlist

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Em Defesa de Animais Fantásticos- Os Crimes de Grindelwald

(nota: a matéria só foi publicada agora, mas foi escrita bem antes de toda aquela polêmica que todos nós conhecemos)

 

              Aah, Os Crimes de Grindelwald... Dois anos de teorias, expectativa... E o filme entregou tudo que o denominaria como uma obra-prima...

            Se não fosse pelo o que o fandom se tornou.

          Passamos literalmente anos reclamando que os filmes de Harry Potter, depois de Prisioneiro de Azkaban, não fizeram mais jus aos livros (aliás, nem Prisioneiro fez, mas o público gosta pelo filme ser estiloso e ter uma identidade visual única, mesmo que seja inconsistente com os dois primeiros, mas, claro, decidiram ignorar isso)... Para quando finalmente um filme fazer o que tanto pedimos e ter toda a narrativa e complexidade de um livro, reclamarem que tiveram que pensar para entender o filme, que isso foi um absurdo, que muitos nem assim conseguiram...

            Quer dizer, mas como assim?

 

            Ainda fizeram umas críticas que não fazem sentido...

 

            Aah, não faz sentido ter incluído a trama do Grindelwald e a treta dele com o Dumbledore em uma saga que era para ser uma coisa leve e engraçadinha para ver com a família inteira unida, agradar do filhinho à vovó; absolutamente nada em Animais Fantásticos e Onde Habitam dizia que a saga tomaria esse rumo!!!

 

            Primeiro:


Ela fez essa declaração sobre a saga em 2016, meses antes do primeiro filme estrear...


               E segundo, eu apresento...


Os...
Primeiros...
Minutos...
Do...
Primeiro...
Filme...
Que...
Apresentam...
Essa...
Trama!

Além dessa reunião de aurores...

Essa...
Declaração...

Olhem só, mais uma ponta solta para o futuro da saga...!

            E isso sem contar com...


😱 TAN-TAN-tanana-TAN-TAN-tanana-TAN-TAN 😵

(nota: a trilha dessa cena, do título do filme e da sequência de jornais são exatamente a mesma que toca quando aparece o título do segundo filme, só que com instrumentais diferentes, como vocês podem ver aqui e aqui, então...)

 

Aah, mas isso não significa que o Newt iria se envolver nisso tudo! Ele podia simplesmente sumir da trama e a saga focar no Dumbledore indo cair na mão contra o Grindelwald!!!

 

É... Parece que vocês se esqueceram dessa cena que é claramente um setup para o envolvimento dele nisso:



            Quer dizer, é o Gellert Grindelwald! Não é um vilão de episódio de Scooby-Doo para simplesmente sumir da história assim, depois de um único filme.

            E outra: o Dumbledore só foi confrontar o Grindelwald uma vez em 1900 e depois de novo em 1945, e, vamos ser sinceros, um filme inteiro ser sobre o Dumbledore fazendo nada muito Badaboom por 45 anos (ou 42, se contar com a investigação sobre a Câmara Secreta sendo aberta em 1942) não seria nada atrativo de se assistir.

           

Não é possível que o Credence tenha sobrevivido àquela saraivada de feitiços que tomou, isso foi um retcon desnecessário!

Prestem atenção, é uma cena do primeiro filme:

 



Aah, foi ridículo fazerem o Jacob recuperar as memórias que OBLIVIARAM dele só para fazê-lo voltar para a saga!!!

Lembram quando o Newt jogou um frasco de veneno de rapinomônio para o pássaro-trovão criar a chuva que fez a New York inteira esquecer sobre o obscurus destruindo tudo, os aurores criando um protego maxima e tudo mais? Então, observem o que ele falou sobre esse mesmo veneno:

 


E agora, reexplicado, já em Crimes de Grindelwald:



Em outras palavras, ele só esqueceu sobre ter visto o Grindelwald e o obscurus destruindo  cidade, e o resto das memórias sobre o mundo da magia ficou dormente na mente dele por estar fortemente ligado a essas. E ver a Queenie no final do filme anterior fez tudo vir à tona, pelo o que a gente vê, ele tocando no lugar do pescoço onde o murtisco o mordeu enquanto sorria para ela. Viu? Fácil de entender!

 

E os no-majs em New York? Como eles não recuperaram essas memórias?!!

Então... O primeiro filme se passa em 28 de novembro de 1926, onze anos após ter lançado o sucesso da época O Nascimento de Uma Nação, e apenas cinco anos após o Massacre de Tulsa, era uma época em que tudo era motivo para discriminar alguém...

Raciocinem comigo...

Imagina como eles agiriam convivendo com os bruxos, ainda mais com a Mary Lou Barebone, uma Segunda Salemiana, pregando contra eles em público, ter criado um obscurial por puro sadismo, o que os no-majs não poderiam tentar fazer contra os bruxos, e ainda mais tendo carta branca (sem intenção de fazer um trocadilho) para saírem como vítimas caso sejam impedidos. Pois é. Óbvio que eles assimilariam os acontecimentos mágicos com ruim, ruim, ruim!!! e tiveram essas memórias apagadas pela chuva.


Aliás, isso me leva a outra ponta deixada para o futuro da saga:


A família Shaw (esquerda para direita: Henry Jr. Langdon e Henry Senior)

Aah, eles só apareceram para encher linguiça; muito inúteis!!!


Primeiramente, se eles já tivessem chegado com um papel tão ooh! assim, do nada, já de primeira, o futuro retorno disso para a saga não teria o mesmo impacto que terá.

E segundo... Lembram o que o Newt e o Jacob comentaram sobre o veneno de rapinomônio apagar apenas memórias ruins?

E quando os no-majs testemunharam tanto o Credence em forma obscurial destruindo New York e os aurores conjurando um Protego Maxima em volta da entrada da estação?


Veja a reação do Langdon ao ver o Protego Maxima sendo feito aqui

Por um lado, as memórias do Jacob sobre o mundo da magia estavam ligadas ao apego que ele criou pelo Newt e pelas irmãs Goldstein... E, assim que ele viu a Queenie, voltaram.

Por outro, as memórias do Langdon sobre estão ligadas ao fato de ele finalmente conseguir provar para o pai que estava certo sobre as coisas estranhas acontecendo em New York. E o que tem de aurores andando pela cidade, principalmente perto do trabalho do pai (e não seria prudente pôr um ator de peso como Jon Voight em uma franquia bilionária para fazer apenas uma aparição curta)...

Só vou deixar essa no ar...


Aah, mas e aparição dos Segundos Salemianos, hein?! Só pareceram para morrer; não tiveram nenhum papel enorme para a trama até agora, também!!!


Sem essa subtrama, não teríamos visto o ambiente que o Credence esteve, o que explicou porquê ele se reprimia tanto ao ponto de se tornar um obscurial.

E além do mais, acha que o orfanato da Mary Lou Barebone tinha todos os Segundos Salemianos do mundo?

Com tantas famílias trouxas tendo filhos que manifestam magia, com irmãos trouxas que sabem da existência do mundo da magia e provavelmente sentem inveja e criaram um ressentimento intenso por não poder ser um deles, como a tia Petunia, ou se fixaram no pensamento ser bruxo é pecado, ou algo assim...

Quer dizer, qual outra prova seria maior para tantos bruxos se aliarem ao Grindelwald, além de ódio contra trouxas, do que uma rede possivelmente mundial deles se colocando contra o mundo da magia guiados por preconceito e ódio vazios e inveja (e ainda tendo como aliado um obscurial que se tornou um porque foi oprimido, exatamente, por uma trouxa e Segunda Salemiana)?


Eu sei, mind blowing, né 😄?


Aah, o Grindelwald ficou o filme inteiro falando que o Credence tinha que ir até ele por conta própria, e depois chegou nele do nada!

Aahn... Grindelwald não falou isso literalmente. Primeiro ele mandou o Grimmson matar a Irma, que naquele momento era a única pessoa que podia contar para o Credence sobre o seu passado (o que era um mal-entendido), para só depois se oferecer como a única pessoa que tinha a resposta para o Credence sobre quem realmente é a família biológica dele antes que o Newt pudesse chegar nele primeiro em nome do Dumbledore, em prol de manipulá-lo para matar o Dumbledore por ele. A ideia era de que o Credence devia sentir que está buscando essa resposta através da causa do Grindelwald por vontade própria.

Não sei como vocês conseguem assistir os filmes com essa falta de atenção...

 

            Aah, mas isso não me interessa; o segundo filme teve personagens demais, e eram inúteis!

 


Bem... Contei 16 só na imagem acima, a grande maioria executando ações cruciais que beneficiaram os plots do filme de alguma forma, e tudo mais... Sério, tem filmes com mais personagens que isso (e vocês também já assistiram, só não devem ter se dado conta na hora que tinham tantos)...

Aliás, o livro/filme Pedra Filosofal tem mais personagens que isso, e só uns cinco fazem coisas que realmente afetam o plot principal, e mais e mais foram sendo acrescentados a cada livro/filme, e aos montes, então vamos chamar todos que não sejam o trio, o Hagrid e o Snape de inúteis só por isso?

A diferença é que em um só uns quatro tomavam atitudes que afetam o plot (outros nem eram mostrados) e tudo gira em torno das opiniões do Harry, enquanto em outros TODOS os personagens têm seus próprios backstories, objetivos, motivações e crenças, e tudo gira em torno das ações do Grindelwald, o vilão. Aí vocês, que não estão acostumados com uma narrativa tão expansiva fora das páginas de um livro, mas sim com filmes que picotam as tramas dos livros (na maioria das vezes, sem necessidade, por puro capricho), acabam vendo isso como confuso, uma merda, uma bagunça.

São nesses e em outros momentos semelhantes que vocês dão vida para a frase as pessoas odeiam o que não entendem.

 

            E mesmo se fosse o caso, está bem, pode ser, todo filme tem pelo menos um personagem inútil... Mas não é nenhum dos que se tem dito por aí.

 

            Vão dizer que a Nagini foi inútil?!

 


            É a Nagini! Sabem... A Nagini...


A cobra do Voldemort...

A última horcrux a ser destruída...

A que matou o Snape...


Aah, ela não teve propósito nenhum nesse filme!

 

E daí? Do mesmo jeito que o Snape só estava ali por cinco livros/filmes até ter todo um papel crucial nos últimos que deu um novo sentido para ele para a trama da saga como um todo. Ainda tem mais três filmes para esperarmos para ver e julgar isso! Vamos ter a paciência que tivemos por anos pelos sete livros e oito filmes para ver nos próximos como tudo vai se desenrolar.

 

 

Aah, a aparição do Nicolas Flamel foi inútil!

 



Ok, agora estão de sacanagem, não é possível.

Passamos duas décadas sabendo da existência dele no mundo da magia, nos perguntando como ele deve ser, para quando finalmente sabermos que ele terá um papel foda na quintologia, ficarem nessa ingratidão?

Uma figura tão importante para Pedra Filosofal, mesmo que nem tenha aparecido antes, chamada de inútil...

 

Sabem quais foram os personagens que aparentaram ser realmente inúteis?

 


Skender...

Grimmson...

Irma...

E Krall.

Dois apareceram literalmente só para morrerem, e outros para mostrar o quanto alguns bruxos são cruéis e como os bruxos franceses lidam com as situações, sendo que os outros acólitos do Grindelwald e a Melusine (arquivista do Departamento de Registros do Ministério da Magia da França, que controla os matagots; aliás, ela também foi outra personagem inútil) já mostram isso tudo por si só.

 


E a Bunty, que só apareceu para o Newt dizer já pode ir, tchau!
Coitada...

Aah, o arco da família Lestrange foi jogado no ar!

 

Mais três filmes virão. Tenha paciência.

E quem garante que o bebê Corvus tenha morrido mesmo? Talvez a magia despertou no bebê, como despertam em muitos bruxos bem novos em situações intensas, ao ponto de ele fazer o feitiço Cabeça-de-Bolha por instinto, foi encontrado por outra família e cresceu como...

 

O Abernathy!!!

O Grindelwald confiou demais em um mero funcionário da MACUSA para ele ser só um figurante com nome, como o Skender – e isso sem contar que, com a morte da Leta, não sobrou mais Lestranges vivos, e precisa ter um por causa da Bellatrix, então...

E além do mais, ele perdeu a língua pelo Grindelwald, que o deu uma nova, assim como o Rabicho decepou a própria mão pelo Voldemort e ganhou uma nova feita de prata.

 

– Vejo que jogou de tudo nele.

– Foi necessário. Ele é extremamente poderoso. Tivemos que trocar de guardas três vezes – ele é muito... Persuasivo. Então removemos a língua dele.



Raciocinem comigo... E se essa língua o matar na primeira fraquejada? Talvez quando ele decidir poupar a vida da Tina pelo carinho que tem pela Queenie, exatamente como o fato de o Rabicho poupar a vida do Harry pelo respeito que tinha pelo James ter o feito ser estrangulado pela própria mão; traçaria um paralelo incrível entre os dois, rimando como uma poesia.

 

Essa foi intensa...

Aah, isso é mentira sua!!! Eu já vi os filmes mil vezes e isso nunca acontec-!

            No livro. Aconteceu no livro.

 

Por que não falamos dos pontos positivos do filme?

Da bela continuidade que o filme tem tanto com o antecessor quanto com a saga anterior, como os mesmos atores que foram Dumbledore e Grindelwald adolescentes no livro da Rita Skeeter, Toby Regbo e Jamie Campbell Bower, terem sido os mesmos aos 20 anos no Espelho de Ojesed, como o Dumbledore jovem é cheio de nuances e o Jude Law expressa isso muito bem com o tom de voz e o olhar e o quanto ele lembra bastante as duas versões do Dumbledore, o formato e as escamas da Nagini serem praticamente as mesmas tanto nesse quanto em Relíquias da Morte, ou como o filme não fez o público de estúpido (maior reclamação que fazem sobre os filmes atuais, como Transformers) nem ficou reexplicando o que a gente já sabe há anos... Como foi exatamente a reclamação que tiveram com esse!

 

Em Relíquias da Morte- Parte 1

Em Crimes de Grindelwald

Aah, mas o filme é incompreensível para quem não é fã!

E daí? A saga é feita para os fãs de longa data da anterior. Se a pessoa não entendeu e quiser saber mais profundamente sobre o mundo da magia e tudo mais, que vá ler os sete livros e assistir os oito filmes. Simples. A J.K. não vai escrever uma nova saga se passando no mesmo universo que a anterior como se estivesse parada esperando o novato alcançar; o novato que se esforce para chegar junto. O cinema e a literatura são arte, e o público tem que parar de achar que a arte tem que ser feita o tempo inteiro pensando no novato.

Pensam tanto no público novato que acabam tratando o público veterano como estúpido, jogando o mesmo de lado no processo. E aí?

E outra: é ridículo julgar uma quintologia quando se ainda está no segundo. Nunca devemos julgar uma saga por um único filme/livro – a não ser que seja o último, aí sim, pode acabar pondo tudo a perder.

Se fosse o caso, o filme As Duas Torres seria considerado uma merda porque não passa os primeiros 30% do filme reexplicando o que é a Sociedade do Anel, porquê está dividida, o Um Anel em si, porquê o Sauron quer tanto o mesmo para si, enfim, tudo do filme anterior, como se fosse um episódio de uma série da CW...

(e nem comecem com os me deu sono, eu dormi)

 

Querem ver como as críticas atuais ficariam na saga ainda em 2001?

Diriam que só o trio e o Quirrel serviram para o plot, que teria sido melhor se tivessem cortado o Hagrid do filme e feito o Harry ler a carta e partir sozinho para o Beco Diagonal, o Dumbledore não faz nada além de dar avisos e filosofar (sim, isso foi intencional), o Snape não serviu em nada para o plot, foi só um bode expiatório, que tiveram personagens demais, que deviam fazer um filme só do Snape para explicar porque ele é tão severo (ba-dum-tiss), outro só do Quirrel para explicar como o Voldemort entrou na cabeça dele, mais outro do Seamus para explicar porque ele explode tudo, e por aí vai.

Veem onde quero chegar?

 

Aah, mas não fez sentido misturar o Newt com a trama do Dumbledore com o Grindelwald, e ainda juntar com aquela treta com a Leta e o bebê! Tinha é que ter usado a fórmula Marvel e feito um filme de cada personagem e só depois juntar todo mundo num filme chamado O Mundo Mágico de Harry Potter: Os Animais Fantásticos e A Batalha de Dumbledore e Grindelwald; seria muito melhor!!!

(sim, vi um monte falando coisas assim; e esse título também, alguém teve essa ideia maravilhosa e ainda teve quem aplaudiu – as pessoas me intrigam, às vezes)

 

...deixem eu ver se entendi: para vocês, fazer uma saga de cinco filmes sobre um bruxo com síndrome de Asperger (um espectro do autismo da qual o Newt apresenta ter, nos filmes) que varia as cenas de combates com criaturas mágicas e um obscurial com traumas de abuso físico, emocional e psicológico sendo manipulados para um enfrentar o mentor do outro (enquanto um mentor sente falta do outro) às custas de vidas inocentes enquanto a trama também foca em membros dos dois lados tendo seus próprios conflitos internos e externos interligados e em um trouxa se envolvendo no meio disso sem ter como se defender sozinho é uma coisa péssima e fraca que não faz sentido, mas a maior batalha da história da magia vir de uma espécie de crossover completamente desconjuntado de Pokémon com O Segredo de Brokeback Mountain e, sei lá, A Princesa Prometida, e com um título que consegue ser tão ridículo quanto Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida (sim, isso existe, é um filme), seria lindo, incrível e maravilhoso?

 


Sério, não tenho palavras para definir o quanto estou perplexo com isso...

E outra: esqueçam essa ideia de filmes solo de tudo quanto é coisinha, que não é todo personagem que sustenta um filme inteiro só sobre, e depois ficam aí reclamando que fizeram um filme desnecessário só porque o personagem é admirado...!

Sabem porque a fórmula Marvel funciona? Porque é da Marvel, então é óbvio que quem criou vai ser ótima nisso e quem tentar copiar não vai saber fazer, e o que conseguir vai sair como o sem criatividade da história. Não sei como conseguiram acompanhar sete livros e oito filmes desse jeito, não conseguindo acompanhar/entender um personagem sem ter um filme inteiro focado só no mesmo...

E por último: ou vocês desejam um filme que funcione sozinho ou um que se sustente em vários outros anteriores; os dois não dá. É por causa disso que a gente vê tantos filmes repetirem os mesmos plots nas sequências (Exterminador do Futuro, por exemplo), vocês não parecem entender o conceito de sagas sem ser nos livros. Ou de sequências, em vários casos.

 

Aah, a J.K. tinha é que escrever só livros e deixar o Steve Kloves enxugar os excessos dela para a gente!!! E mudar de diretor também!!! Já deu, esse David Yates aí; se botar outros no lugar, tudo se resolve nessa saga!!!


...prontos para depois se arrependerem e ficarem mais uns anos fazendo campanha para a Warner deixar um diretor (e agora também a autora) terminar a visão dele (a) de uma saga? Vamos lá, não me importo, já tenho experiência no assunto mesmo...!


E ainda estarei lá, cantando Hallelujah, do Leonard Cohen, junto com vocês, viu 😉.


Aah, a Minerva não poderia estar viva em 1927 porq-!



Repitam comigo: o fato de a Minerva ter dito, em Ordem da Fênix, que trabalhava em Hogwarts há mais de 30 anos não quer dizer nada sobre a idade dela nem que ela tenha lecionado esses anos todos consecutivamente. Muita coisa acontece em tantos anos, nada fica parado no tempo só porque a gente não vê.

Melhor a gente esperar uma explicação oficial ao invés de tirar conclusões precipitadas sobre esse (e qualquer) assunto.

 

Aah, o filme não teve clímax!

Então me expliquem...

 

Isso...
Foi...
O quê, exatamente?

Quer dizer, é uma cena de ação que se passa no final do filme, logo foi um clímax, não importa como vejam.

 

Aah, a Queenie perdeu motivação depois que se separou do Jacob!

Por um lado, ela pode simplesmente ser uma pessoa ruim que se fazia de boazinha por anos para esconder sua verdadeira natureza má, e viu no Grindelwald uma desculpa para assumir isso para todo mundo...

Por outro, como algumas teorias dizem, ela pode estar grávida, e quer ajudar o Grindelwald a unir o mundo da magia com o dos trouxas para que esse bebê tenha o pai, no caso, um trouxa, presente na vida dessa criança.

 

Reparem que ela pôs a mão na barriga quando passou pelo Incendio Diabolica. Pode ser instinto materno da Queenie, pode ser algo que a Alison Sudol simplesmente fez na hora da filmagem, ou pode não ser nada; veremos à medida que os próximos filmes forem sendo lançados...


O Yusuf não serviu para nada no filme!



Não sei quantas vezes mais terei que dizer isso, mas... Ainda. Terá. Mais. Três. Filmes. E se não fosse por ele, a Leta nunca teria contado sobre o bebê Corvus (a.k.a. suposto Abernathy), e o Newt não teria encontrado o cemitério onde o Grindelwald fez o discurso, logo não teríamos o Newt na bataha, logo não teríamos ele finalmente se aproximando do Theseus nem decidindo se aliar aos aurores contra o Grindelwald, o que causou a indicação de que veremos o uso de criaturas mágicas em combate nos próximos filmes.

 

A revelação sobre o verdadeiro nome do Credence não faz sentido, porque na cronolog-!

E se ele for, sei lá, um Peverell, e o Grindelwald mentiu sobre ele ser Aurelius Dumbledore para manipulá-lo para enfrentar o Dumbledore por ele?

 

Ou...

Ou acham que o Nicolas Flamel ia aparecer no filme foi só um fanservice? Que a Pedra Filosofal aparecendo na casa dele seria só um easter egg? Saiam dessa bolha de achar que filmes são cheios de easter eggs só por ter e que não vão levar a nada.

 

Aah, o Newt não é um protagonista decente, porque ele não cai na porrada porque gosta, é todo sensivelzinho, que ridículo!

...lembram que acompanhamos o Harry passar de não posso ser um bruxo, eu sou o Harry, só Harry para jamais quis que nenhum de vocês morressem por mim?

Só vou deixar essa no ar...

 

 

Aah, a Leta morreu muito jogada!

 


Quem garante? E se o Incendio Diabolica não matou ninguém, mas sim mandou os duvidosos e inimigos para as celas de Nurmengard por uma rede gigante de Flu e, no próximo filme, ela, o Krall e tudo mais voltarem sob lavagem cerebral, matando geral enquanto recitam as frases da causa aos sussurros, como os Sussurradores de The Walking Dead? Grindelwald não construiria uma prisão a toa...


Aah, a logo do filme é um lixo!!! Olha para isso, o título da saga pequenininho, jogado de canto, que merda é essa?!!

 


            ...sério que isso tira vocês do sério...?



Isso já foi feito antes, e nunca vi ninguém reclamar sobre isso antes, então... Se acalmem.


Aah, não teve um final definitivo, então foi ruim sim, porque eu queria ver um filme redondinho, fechadinho; odeeeio finais com ganchos para sequências...!

 

...adivinha qual filme recente terminou sem um desfecho definitivo e foi incrível por conta disso...

 

Só uma dica...

E o fato de que o filme acabou com um gancho para uma sequência nos levou...


Ao melhor momento...
Da história do cinema...
Que lotou os cinemas por semanas!!!
(ainda murmuro a trilha dessa cena, Portals, de Alan Silvestri, só de lembrar desse momento)

Então vamos parar com essa indignação seletiva sem fundamento, que esse imediatismo de vocês ainda pode destruir a indústria do entretenimento. Tem gente que se sustenta nessa área.

 

Vamos lá, teorizem sobre o que vai rolar nos próximos filmes (até pus teorias minhas com o passar dessa matéria, para pensarmos sobre), qual será o papel da Bunty e do Yusuf nos próximos filmes, como a Nagini e o Nicolas vão participar dos conflitos, se Newt e Theseus vão ficar mais próximos nas sequências, talvez com o Theseus se interessando pela magizoologia e dando ideias para o Newt de como as criaturas mágicas poderiam ajudar em combate...

 

O subtítulo do terceiro filme...! Ao meu ver, acredito que terá Dumbledore no próximo subtítulo, já que o próximo vai focar um pouco mais dele, e talvez se chamará Animais Fantásticos e As Mentiras de Dumbledore...

Viram? É isso que é para a gente fazer até o quinto filme, exatamente com fizemos de 1997 a 2007: que teorizemos sobre o que foi deixado no ar até lançar o último livro – nesse caso, filme – que vai responder as coisas...!

 

Lembram quando a gente surtou quando o Snape matou o Dumbledore e depois choramos por ele em A História do Príncipe? Sempre... Ou quando vimos o Harry matar a lembrança do Tom Riddle apenas apunhalando o diário para depois ser revelado que era uma horcrux? Quando fazíamos piadas sobre ter um professor novo de Defesa Contra As Artes das Trevas todo ano para depois sabermos que o Voldemort tinha amaldiçoado o cargo no maior impulso de ex obcecado, se não posso, ninguém mais pode? Quando sempre nos perguntamos o que exatamente aconteceu com a Ariana para ela explodir depois de reprimir a própria magia, e só em Animais Fantásticos e Onde Habitam, quando mostrou e explicou sobre os obscuriais e o obscurus em si, a gente foi sacar o que era?

Então... Primeiro a gente acompanha até o final, depois a gente surta.


Eis a thread que fiz no Twitter, sobre quais mudanças eu, como autor e futuro estudante de cinema, teria feito no segundo filme; espero que gostem: https://twitter.com/RodrickMarsMoon/status/1241160646085009409

 

Minhas redes sociais, caso queiram deixar um elogio, uma crítica, surtar, enfim:

Twitter: @RodrickMarsMoon

Instagram: @rodrick.marsmoon


É levemente difícil defender um filme da qual os haters só conseguem repetir discursos prontos e, quando não tem como defender os próprios argumentos para odiar, debocham e riem de quem defende para não admitirem que não tem motivos próprios para não gostar do filme além de repetir o que já foi dito inúmeras vezes pelo mundo afora, mas... É isso.

 

Obrigado por virem ao meu TED-Talk. Até mais.